Gostariamos de dar a conhecer aos habitantes do nosso concelho algumas realidades em que vivem os idosos Vila Franquences e limítrofes, tendo em atenção os obstáculos e as escassas ajudas que confrontam diáriamente. Assim entrevistamos os próprios idosos:
1) Como eram os tempos antigamente?
Eram tempos de fome, passávamos fome, agora já é tudo fidalgo! Andávamos a trabalhar e cheios de fome!
2) O que acha do tempo de agora?
Agora estamos bem, são tempos melhores, o pior é que está tudo a aumentar, impostos e tudo e não podemos viver assim, está tudo caro. Agora há mais conforto, é verdade, mas tem de se pagar! Vamos a uma mercearia é num instante enquanto os euros se vão!
3) Faz alguma actividade física?
Com as muletas não posso! Ando sempre com o andarilho. Já furei dois tachos porque não posso com eles nas mãos, levo-os no chão de rastos com a ajuda do andarilho para o frigorífico.
4) Costuma sair sozinha ou acompanhada?
Só vou ao médico, chega aqui o táxi e leva-me ao médico a Pinhel, sozinha não, vou com a minha irmã e com a D. Cristina (taxista), ela dá-me as muletas e ajuda-me a ir.
5) Qual foi o momento mais feliz da sua vida?
Nenhum… Tenho passado muitos problemas e a minha saúde… mas ter os meus filhos e vê-los bem, é o que me tem valido.
6) Qual foi a profissão que executou?
Fui sempre no campo eu nunca saí daqui! Os meus filhos só me levavam ao médico à Guarda, sempre aqui estive em casa, nunca saí daqui. Só a minha filha é que me levou à França, mas a praia nunca vi!
7) Sente-se apoiado familiarmente?
Na minha família são todos bons. E estão bem. Tenho filhos na França mas telefonam muito, ainda ontem me ligou o mais novo e a minha filha também. E aos domingos vem-me cá ver o de Vila Franca.
8) O que acha do trabalho do centro social e paroquial?
A comida é sempre muita. São todas simpáticas, as vezes vou com o caldeiro da lenha, elas tiram-mo da mão e levam-mo elas e estimam-me.
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