Ò Freixo a tirar o ninho
Que está o Freixo a cobrar
Com o peso do passarinho!
Tu és um mariquinhas
Tu és o meu amor
Tu és o Zé que fumas
Tu és um fumador!
Amor vai à minha rua
As vezes que tu quiseres
Ai à tua eu não hei-de ir
Ainda não é dado às mulheres!
Quando por ti passo na rua
E te vejo a varrer
Ai te digo menina és morta
E não te torno a ver!
Raparigas cantai todas
Ai rapazes cantai com elas
Ai o falar fala-se a todas
Ai o amar só a uma delas!
Quando eu pensei que tinha
Minhas penas acabadas
Ai então me vieram elas
Ai de novamente dobradas.
Cantadas pela utente do Centro de Dia:
Francisca do Nascimento Dias, com 89 anos, mais uma vez nos transmitiu, cantando, estas belas quadras, ricas lembranças aprendidas no tempo:
A utente referiu que "Naquele tempo apanhavam-se muitas cestas de figos no sítio do Decondeixo (Vila Franca das Naves) e nós, as raparigas solteiras, subíamos às figueiras e andávamos a apanhar os figos e sempre a cantar!".
Como sabemos, o acto de cantar é considerado por muitos profissionais como uma rica fonte para possibilitar o desenvolvimento das mais diversas habilidades humanas.
Para cantar, a saúde e o equilíbrio psicológico são fundamentais.
Cantar é uma forma de expressão e de memória que levam à espontaneidade.
Há quem diga que o canto é terapêutico, pois ninguém canta ao acaso. “Cantar” é uma forma de nos exprimirmos que leva à realização pessoal - pois implica “fazer”, na “actividade”.
É através da actividade humana que nos conhecemos, que construímos o nosso mundo interno na medida em que actua e transforma o mundo externo.
Muito obrigada pela partilha Sra Francisca!
Parabéns para a Dona Francisca que é minha Mãe.Fico feliz pela boa disposição dela. Será que ela se lembra ainda da canção do linho? É as voltas que o linho leva. Muitas vezes ela cantou ao serão para eu aprender.Aliás ela cantava muitas e cantava muito bem.Um beijo muito grande à minha Mãe.A sua filha São
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